O imóvel ficou alugado por anos pelo Centro Paula Souza, sem manutenção e em situação de abandono por parte do Estado, aumentando a deterioração
A Santa Casa de Santos retomou os trabalhos no prédio do Escolástica Rosa, após suspender as atividades que haviam sido iniciadas em 10 de março, devido as recomendações de isolamento social neste período de pandemia.
Com uma equipe formada por funcionários do próprio hospital, nesta primeira etapa do plano de atuação traçado pela instituição, já foram retiradas 113 caçambas de mato e entulho, que estavam espalhados por todo o entorno do terreno.
Após a finalização deste estágio de limpeza, que inclui também a desratização e controle de pragas, o hospital poderá avaliar a dimensão da deterioração do imóvel, que constitui uma área de 17 mil metros quadrados.
Antes da epidemia de Covid-19 chegar à Baixada Santista, no dia 13 de março o provedor da Santa Casa de Santos, Ariovaldo Feliciano, acompanhado do vice-provedor, Cacá Teixeira, e de membros da Mesa Administrativa da Irmandade, estiveram no Escolástica Rosa vistoriando o imóvel, e lamentaram a deterioração e situação de abandono que o Estado deixou o local, durante os anos que o abrigou. Foram observadas também algumas construções que parecem não fazer parte da obra histórica, pois são bem diferentes do estilo do prédio.
O provedor Ariovaldo Feliciano destaca que a Santa Casa de Santos não irá vender o imóvel, e pretende colocá-lo à disposição da sociedade, respeitando seu grande valor histórico. Para isso, irá realizar um estudo minucioso, técnico e histórico, fundamentado nas plantas originais de autoria do escritório do Dr. Ramos de Azevedo, engenheiro de grande prestígio da época, responsável pelo projeto arquitetônico do Escolástica Rosa.
Já a concretização do restauro e recuperação do casarão dependerão da iniciativa privada, porém o provedor Ariovaldo Feliciano está confiante em vencer mais este desafio, e devolver o brilho a este tesouro da Baixada Santista.