Fiéis receberam as Relíquias na escadaria principal do hospital
Na tarde do último sábado, 14 de setembro, a Santa Casa de Santos recebeu a visita das Relíquias de Santa Teresinha do Menino Jesus. Trazida escoltada pela Guarda Municipal da Cidade, fiéis de Santa Teresinha se concentraram na frente do hospital, onde fizeram orações. Relíquias são fragmentos dos ossos da Padroeira das Missões, conhecida como a ‘Santa das Rosas’.
O vice provedor da Irmandade, Carlos Teixeira Filho, o Gerente de obras e Infraestrutura, Bruno Dantas e o Capelão da Santa Casa, Padre Denilson, presenciaram a chegada das Relíquias.
Vinda de Lisieux, na França, as Relíquias de Santa Teresinha está em peregrinação pelo Brasil e já passou por diversas cidades. Na Santa Casa de Santos, ficou cerca de 20 minutos, onde o Padre Denilson fez uma benção aos doentes. O vice provedor, Carlos Teixeira Filho, falou da importância da presença da Santa para a instituição. Depois, a procissão seguiu até o Carmelo de São José e da Virgem Mãe de Deus, no Marapé.
Santa Teresinha do Menino Jesus
Marie Françoise Thérèse Martin, nasceu no dia 2 de janeiro de 1873 em Alençon, na França. Teresinha teve uma infância extremamente feliz. Todos os escritos de sua mãe dão conta de que ela era uma criança alegre, esperta, carinhosa e obstinada. E assim permaneceu até os quatro anos.
Com apenas seis anos de idade, após a catequese para a primeira comunhão realizada por sua irmã Paulina, se encantou profundamente pela figura do menino Jesus e viu esse amor crescer abundantemente em seu coração. Anos mais tarde ao falar sobre o assunto Santa Teresinha afirmava amar muito o Menino Jesus, tanto que ao responder o chamado para a vida carmelitana, recebeu com alegria o nome de Teresa do Menino Jesus.
Terezinha, viu as irmãs mais velhas, uma a uma, consagrando-se a deus até chegar sua vez. Mas a vontade de segui-las era tanta que não quis nem esperar a idade correta. Aos quinze anos, conseguiu permissão para entrar no Carmelo, em Lisieux, permissão concedida especial e pessoalmente pelo Papa Leão XIII. Em 10 de janeiro de 1889, dia em que recebe o hábito, assinará pela primeira vez “irmã Teresa do Menino Jesus e da Santa Face”, que será seu nome definitivo de Carmelita.
Jogar pétalas de rosas quando o Santíssimo Sacramento passava no ostensório, assim como jogar lindas flores no grande crucifixo, que se localizava no jardim do Carmelo estava entre as grandes alegrias de Santa Teresinha.
Dias antes de sua morte, ela afirmou: “pegar um alfinete caído no chão, com amor, produz fruto de santidade”. Sua intenção foi sempre interceder a deus por todos os fiéis. Por esse motivo durante a novena de Santa Teresinha, se espera ganhar uma rosa de alguém como símbolo da graça alcançada.
Santa Teresinha teve seus últimos anos consumidos pela terrível tuberculose, que, no entanto, não venceu sua paciência com os desígnios do supremo. Morreu em 30 de setembro de 1897, com vinte e quatro anos, em seu leito de morte Santa Teresinha afirmou: “Não me arrependo de haver-me entregue ao amor”. E com o olhar fixo no crucifixo exclamou: “Meu Deus, eu te amo”, depois de prometer uma chuva de rosas sobre a terra quando expirasse. Essa chuva ainda cai sobre nós, em forma de uma quantidade incalculável de graças e milagres alcançados através de sua intervenção em favor de seus devotos.
Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face foi beatificada em 29 de abril de 1923 e canonizada em 17 de maio de 1925 pelo Papa Pio XI. Ela, que durante toda a sua vida teve um grande desejo de evangelizar e ofereceu sua vida à causa missionária, foi aclamada, dois anos depois, pelo mesmo pontífice, como “padroeira especial de todos os missionários, homens e mulheres, e das missões existentes em todo o universo, tendo o mesmo título de São Francisco Xavier”.
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