Presidente do Hospital do Amor de Barretos e neto de Ranulpho Hora Prata celebrou homenagem ao avô na Santa Casa de Santos

Na manhã do dia 3 de junho, a Santa Casa de Santos recebeu a visita do Presidente do Hospital do Amor (Antigo Hospital do Câncer de Barretos) e neto de Ranulpho Hora Prata, Henrique Duarte Prata. Na comitiva, estavam presentes os familiares: A sobrinha Cristina Prata Amendola, Diretora Médica do Hospital do Amor e Conselheira do Conselho Regional de Medicina do Estado de SP e a irmã Clarice Duarte Prata.

Henrique Prata foi recebido pelo Provedor Ariovaldo Feliciano, pelo vice-provedor Carlos Teixeira Filho, pelo Presidente do Conselho Geral Orlando Viscardi Jr, pelo 1º Tesoureiro da Mesa Administrativa Antonio Carvalho e pela Presidente da Comissão de Controle da Qualidade, Eliana Lopes Feliciano.

Estavam presentes na cerimônia: O Diretor Administrativo Eduardo Pimentel, o Diretor Clínico Constantino Kader Conde, o Diretor Comercial e Financeiro Fábio Luiz Isoldi, o Diretor de Infraestrutura e Apoio Bruno Dantas Gonçalves, o Diretor de Inovação e Tecnologia Cristiano Oliveira de Sousa, o Diretor Jurídico Aldo Santos Pinto, o Diretor Técnico Alex Gonçalves Macedo, o Vice-Diretor Clínico Dr. Eloi Moccellin, o Assessor Especial da Provedoria Dr. Daniel de Carvalho Lustoza, o Assessor Técnico Executivo Marcio de Castro Lourenço das Neves e a médica coordenadora de Desenvolvimento Estudantil da Diretoria Clínica, Drª. Rosilene Morales.

Em solenidade no Consistório da instituição, Agrício Ferreira de Barros Júnior, assessor da Diretoria Clínica fez a abertura do evento apresentando a trajetória de Ranulpho Hora Prata e sua ligação com a Santa Casa de Santos, onde deixou um legado. “Neste ano, o atual prédio da Santa Casa completa 80 anos e 482 anos de história e a Santa Casa tem a honra — e o dever — de recolocar seu nome onde sempre pertenceu. Reinauguramos, com enorme emoção, o nosso serviço como: “Serviço de Radiologia – Dr. Ranulpho Hora Prata”. Todo o material de pesquisa sobre a história de Ranulpho Prata foi feito pelo Arquivo Geral da Santa Casa de Santos, através da historiadora Sra. Rosilda Raimunda Gouveia Ferreira, que fez uma pequena exposição dos arquivos originais.

Em discurso, o provedor Ariovaldo Feliciano destacou a importância de receber Henrique Prata, empresário conhecido pela atuação filantrópica na área da saúde e com uma história familiar de benemerência. Ariovaldo leu o discurso que Ranulpho Prata escreveu, em 1945, em agradecimento ao então Presidente da República Getúlio Vargas, quando viabilizou a construção do atual prédio da Santa Casa de Santos.

Henrique Prata, em discurso longo, agradeceu imensamente todas as homenagens feitas para o avô, Ranulpho Prata e toda a sua família. Destacou também o trabalho realizado no Hospital do Amor em Barretos, onde atendem pacientes oncológicos via SUS e que está muito feliz de estar em Santos, onde o nome da Santa Casa também é conhecido pelo Brasil a fora.

Para encerrar a solenidade, a Presidente da Comissão de Controle da Qualidade, Eliana Lopes Feliciano entregou arranjos de orquídeas para a sobrinha Cristina Prata Amendola, Diretora Médica do Hospital do Amor e para a irmã Clarice Duarte Prata.

Após a cerimônia, todos se dirigiram até o Raio-X Central, localizado no 2ºF, para descerrar o quadro de homenagem à Ranulpho Hora Prata. O Capelão da instituição, Padre Denilson de Freitas abençoou o quadro de homenagem. O provedor Ariovaldo entregou para Henrique Prata um exemplar do livro com a história da Santa Casa de Santos.

Após a breve cerimônia na placa de homenagem, a comitiva conheceu as novas instalações do 2ºI, que será inaugurada essa semana e atenderá pacientes oncológicos do SUS.

Sobre Ranulpho Hora Prata

Ranulpho Hora Prata desempenhou um papel significativo na Santa Casa da Misericórdia de Santos, onde atuou como radiologista a partir de 1927. Nessa instituição, ele foi responsável pelo Gabinete de Raios X e Eletricidade Médica, setores pioneiros na radiologia brasileira.        

Sua dedicação à medicina era profunda, considerando o exercício da profissão uma obrigação moral, como evidenciado em suas próprias palavras: "Escrevo para satisfazer uma necessidade orgânica. Médico radiologista que não passo de mero fotógrafo de vísceras, escrevo porque não posso deixar de escrever."

Além de sua prática médica, Ranulpho Prata teve contato direto com a realidade dos trabalhadores portuários de Santos, especialmente os migrantes nordestinos. Esse envolvimento inspirou sua principal obra literária, Navios Iluminados, que retrata a vida desses trabalhadores no bairro do Macuco. O romance é considerado uma importante contribuição à literatura social brasileira.

Sua experiência na Santa Casa de Santos não apenas o consolidou como profissional da saúde, mas também como escritor engajado nas questões sociais de sua época.

Faleceu em 24 de dezembro de 1942, em Santos, aos 46 anos, vítima de tuberculose e hemorragia intestinal. Sua obra continua a ser estudada e celebrada, com publicações recentes que buscam resgatar e divulgar seu legado literário e médico.

Acompanhe as notícias da Santa Casa de Santos pelos canais de comunicação oficiais:

Site: www.santacasadesantos.org.br/portal/

Instagram: @santacasadesantos

Facebook: www.facebook.com/irmandadesantacasadesantos/

Youtube: www.youtube.com/c/SantaCasadeSantos1543/