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Hemodiafiltração melhora qualidade de vida de pacientes renais crônicos

Pacientes relatam mais disposição e nenhum efeito colateral com a nova modalidade de terapia renal substitutiva.

Implantada desde agosto de 2021 no Serviço de Nefrologia da Santa Casa de Santos, a nova modalidade de terapia renal substitutiva, chamada hemodiafiltração – HDF, tem feito grande diferença na vida de pacientes renais crônicos que recebem o tratamento.

Segundo o paciente Júlio Orlando, que faz hemodiálise há 5 anos, e está há 2 meses fazendo as sessões de HDF, a mudança foi muito positiva: “Me sinto muito melhor, muito mais disposto.”

Para Sandro Cuesta, que fazia hemodiálise convencional há 2 anos, e realiza HDF há 2 meses, a nova terapia renal não traz reações desconfortáveis, como câimbras intensas, que aconteciam com a ultrafiltração dialítica.

A paciente Carmen Elídia foi a primeira a fazer HDF na Santa Casa, em agosto de 2021. Carmen já fazia hemodiálise há 3 anos, e disse que passava muito mal com o tratamento convencional. Há 3 meses realizando a HDF, diz que ainda está em fase de adaptação devido a uma cirurgia cardíaca feita há cerca de um ano, mas afirma que tem se sentido melhor com a nova terapia renal substitutiva.

Já o Ivan Ferreira destaca que depois que começou a HDF nunca mais teve câimbras durante a sessão, e sente-se muito disposto. Ivan afirma que volta a pé para casa quando sai da diálise, e somando ao percurso de vinda para o hospital, chega a caminhar 6 km no dia do tratamento. Ele fazia hemodiálise convencional há 2 anos, e há 1 mês começou a HDF. Diz ainda que antes de tornar-se renal crônico, praticava corrida de rua, mas que devido à hemodiálise convencional, precisou parar de correr. Agora, com as condições oferecidas pela HDF, tem esperança de poder voltar à pratica esportiva. “Tenho consulta médica nos próximos dias, e acredito que depois de realizar os exames necessários, possa voltar pelo menos a ‘trotar de leve’”, completa Ivan, animado.

Às terças, quintas e sábados, no período da tarde, os pacientes Renato Mendes e Pablo Ribeiro são parceiros nas sessões de HDF. Renato fazia hemodiálise convencional há 4 anos, e há 1 mês e meio começou as sessões de HDF. “Antes tinha dor no peito, falta de ar, e não aguentava fazer nem 2 horas de hemodiálise. Nessa máquina (de HDF), consigo fazer 4 horas de sessão, perco o peso necessário, e não sinto nada”, afirma satisfeito com a mudança de terapia renal substitutiva.

Para Pablo Ribeiro, a mudança também foi excelente. Ele faz hemodiálise há 5 anos, mas há cerca de 2 meses e meio iniciou a HDF, e melhorou muito sua qualidade de vida, principalmente durante o período das sessões. “Na outra máquina, passava mal direto, minha pressão caia, sentia formigamento nas pernas. Nessa máquina (HDF), não sinto nada e saio muito disposto”, conta Pablo.

O que é hemodiafiltração (HDF)?

Hemodiafiltração é uma evolução da terapia renal substitutiva, cuja tecnologia retira uma série de substâncias não filtradas na hemodiálise convencional. Com a otimização da filtração do sangue, os efeitos causados pelos tratamentos convencionais, como a desmineralização óssea, anemia, insuficiência cardíaca congestiva e neuropatia, têm uma diminuição muito significativa. Portanto, a nova modalidade de tratamento melhora a qualidade de vida dos pacientes renais crônicos.

Serviço de Nefrologia da Santa Casa de Santos

O Serviço de Nefrologia da Santa Casa de Santos é a maior referência em terapia renal substitutiva da região, e atende pessoas do SUS e convênios de todos os municípios da Baixada Santista.

Objetivando oferecer sempre os melhores recursos em serviços de saúde, a Santa Casa adquiriu as máquinas de HDF e todos os profissionais envolvidos receberam treinamento para implementação da nova modalidade de tratamento dialítico.

A HDF e a hemodiálise convencional são tratamentos distintos, portanto a nova modalidade de terapia renal precisa ser avaliada criteriosamente por médico nefrologista, o qual irá indicar o melhor tratamento para cada caso.

De acordo com a Confederação Nacional da Saúde mais de 140 mil pacientes renais crônicos no Brasil dependem do tratamento dialítico para manter uma vida próxima do normal no país.

 

 

 

 

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