Instituto Linor Sassi custeou o procedimento que pode ser uma alternativa terapêutica.
Em tratamento pelo SUS na Santa Casa de Santos há quase 1 ano devido à leucemia, o pequeno Bernardo completou 4 anos neste mês de março, mesmo mês em que a família aumentou. A mãe de Bernardo, Bianca de Araújo da Silva, deu a luz à Milena no dia 14 de março, momento em que também foi possível realizar a coleta de células tronco, por meio de uma parceria com o Instituto Linor Sassi.
Bianca conta que descobriu a doença de Bernardo em abril de 2020. Ele precisou ficar internado por 3 meses na Santa Casa de Santos para tratamento e, apesar de ter sido acolhida e ter recebido toda a assistência, lembra o momento delicado - “Foi uma fase difícil, acabei largando o emprego para cuidar dele”. Um tempo depois, Bianca descobriu que estava grávida. “Foi assim, sem planejar, e de repente vi uma oportunidade para nós. Comecei a fazer pesquisas e pedir orçamentos para coleta de células-tronco”.
A busca por laboratórios especializados ganhou mais força com a ajuda de sua irmã, a Bárbara. “Minha irmã é um verdadeiro anjo da guarda! Foi ela que fez o contato com a Hemocord, que é ligada ao Instituto Linor Sassi. Eles ofereceram todo o suporte que precisávamos, e sem nenhum custo”, se emociona.
O Instituto Linor Sassi é uma ONG que atua em conjunto com a Hemocord, empresa de Biotecnologia voltada para a Terapia Celular e Medicina Regenerativa. Ao conhecer a história desta família, cujo tratamento está sendo feito pelo ambulatório de Oncologia do SUS da Santa Casa de Santos, o Instituto Linor Sassi ofereceu a realização da coleta das células-tronco, bem como o processamento, armazenamento e manutenção do sangue e tecido do cordão umbilical, sem nenhum custo para a família.
A gestação e o parto de Bianca foi feito pela obstetra, Drª. Cristiane Areias, e todo o procedimento foi realizado na Santa Casa de Santos, com apoio da equipe multiprofissional da instituição.
Oncologista Pediátrica da Santa Casa de Santos explica o caso
Segundo a médica, Drª. Letícia Soares, Oncologista Pediátrica que acompanha o caso de Bernardo, ele está reagindo bem ao tratamento, e está em manutenção no momento.
A iniciativa da família em buscar alternativas terapêuticas são válidas, entretanto à época foi esclarecido para a mãe de Bernardo sobre o fato de que, atualmente, em Oncopediatria, os transplantes de cordão têm sido menos realizados, devido aos avanços de outras modalidades de transplantes, que se mostraram mais seguras.
No entanto, se a irmã for compatível com ele, ter as células dela armazenadas, caso aconteça uma recaída, torna-se uma via rápida de possibilidade de tratamento, se houver indicação em algum momento.